
O sacrifício de Cristo marcou a transição da Antiga para Nova Aliança, da Lei para Graça e do sacerdócio judaico singular e decaído para Sacerdócio Cristão Universal e Apostólico dado a Igreja de Roma.
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Sacerdócio é uma instituição Divina, pela qual Deus voca, elege, atrai e empossa pela Autoridade dada a sua Santa Igreja (II Tm 3, 15), aqueles que, dentre o seu povo, serão seus representantes temporais, aptos à renunciarem a si mesmos, aos seus planos individuais pela incumbência do anúncio da Palavra de Deus, e para serem ofertantes do SACRIFÍCIO ETERNO de Jesus.
Na antiga aliança, este sacrifício era meramente ilustrativo e simbolizado no sacrifício de cordeiros animais, prefigurando o verdadeiro Cordeiro de Deus que viria a ser sacrificado no futuro.

Hoje, no âmbito do sacerdócio cristão, a oferta sacrificial acontece nos sinais eucarísticos do Corpo (presente) do Cordeiro de Deus que já veio, sendo que esses sinais (pão e vinho, respectivamente, a carne e o sangue) nos outorgam o mistério da Comunhão com o seu sacrifício na cruz e de todos os demais sinais misteriosos vindos do Céu, chamados sacramentos:
“Que os homens nos considerem, pois, como simples operários de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. (I Coríntios 4, 1)”
“[…] não temais os sinais celestes, como os temem os pagãos, (Jeremias 10, 2)”
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A respeito do antigo sacerdócio judaico, decadente, apóstata e infrutífero, disse Jesus:
“Por isso, vos digo: será tirado de vós o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele. (São Mateus 21, 43)”
” Se o deixarmos proceder assim, TODOS CRERÃO NELE, E OS ROMANOS VIRÃO e tomarão o nosso lugar e toda a nação ( arruinar o poder religioso judaico do antigo pacto, o qual fora corrompido pela falta de fé de Israel ) ” (São João 11, 48)
Mas em relação ao sacerdócio entregue aos santos Apóstolos na Nova Aliança, e confiado à Igreja apostólica romana, é dito:
“Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não. ” (São Mateus 13, 11)
Primeiramente, dou Graças a meu Deus, por meio de Jesus Cristo, por todos vós, porque em *todo o mundo* é preconizada a *vossa* fé. (Rom. 1, 8, datação 47 à 60 DC)”
“Estou pessoalmente convencido, meus irmãos, de que estais cheios de bondade, *cheios de um perfeito conhecimento,* capazes de vos admoestar uns aos outros. (Rom 6, 17)”
“Graças a Deus, porém, que, depois de terdes sido escravos do pecado, *obedecestes de coração à regra da Doutrina* na qual tendes sido instruídos. (Rom 15, 14)”
“o Deus da Paz não tardará a esmagar satanás *debaixo dos vossos pés.*” (Rom 16, 20)
“O cálice de bênção, que benzemos, não é a COMUNHÃO DO SANGUE DE CRISTO?
E o pão que partimos, não é a COMUNHÃO DO CORPO DE CRISTO?
Não ENTRAM EM COMUNHÃO COM O ALTAR os que COMEM as VÍTIMAS? (I Cor. 10, 16 e 18) ”
Já na antiga aliança surgiram os sacerdócios de Melquesedec, Arão e de Levi.
Esses foram figuras do SACERDÓCIO UNIVERSAL DE CRISTO, pois neles, Cristo estava representado numa forma pressagiada do sacramento da Santíssima EUCARISTIA, nos sinais do pão e vinho ainda enquanto símbolos, pois como realidades da carne e do sangue, seriam apenas após a Ceia instituída por Cristo:
“2. Disse Deus a Arão: Tomarás um novilho e dois carneiros sem defeito; PÃES SEM FERMENTO […]; Aarão e seus filhos comerão a sua carne e o PÃO; 40. […] e como libação um quarto de hin de VINHO; 42. Este holocausto será PERPÉTUO; e oferecido, EM TODAS AS GERAÇÕES FUTURAS, à entrada da tenda de reunião, diante do Senhor, ONDE VIREI A VÓS, PARA FALAR CONTIGO. (Êxodo 29) ”
“Terás, pois, o sacerdote por santo, porque ELE OFERECE O PÃO DE TEU DEUS: ele será santo para ti, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo. (Levítico 21 6-8) ”
“Melquisedec, rei de Salém e SACERDOTE DO ALTÍSSIMO, MANDOU TRAZER PÃO E VINHO, e abençoou Abraão, dizendo: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que criou o céu e terra! ” (Genesis 14. 17 e 18).
Neste contexto, sobre Cristo fora dito:
“Tu És, SACERDOTE ETERNAMENTE, segundo a Ordem de Melquisedec. ” (Hebreus 7, 11, 15 e 17) ”
E sobre os sacerdotes que seriam consagrados pela Autoridade da Igreja, para darem continuidade histórica a Cristo junto a humanidade, é dito também:
“Em verdade, TODO PONTÍFICE é escolhido ENTRE OS HOMENS e constituído em favor dos homens COMO MEDIADOR nas coisas que dizem respeito a Deus, para OFERECER dons e SACRIFÍCIOS pelos pecados. (Hebreus 5.1)”
O sacerdócio universal messiânico é delegado de dois modos:
1) — no modo amplíssimo pelo Batismo, onde, como disse o Apóstolo, nos reunimos num só Corpo pela Cruz de Cristo (Gálatas 6, 12; I Cor. 12. 11, 12 e Ap 20. 6);
2) — no modo restrito, através do Ministério Sacerdotal.
Mas apenas dois elementos legitimam o Ministério Sacerdotal:
1) — o dom espiritual da vocação, dado aqueles que se “fazem eunucos”[1] pelo reino. (São Mateus 19, 12);
2) — o sacramento da Ordem, que os vincula historicamente ao Magistério dos Apóstolos, estabelecido na SUCESSÃO apostólica (Romanos 1. 1 até 8):
“Designavam presbíteros em cada congregação. (Atos 14, 23) ”
“Apareceu-lhe o Senhor e disse: Deste testemunho de mim em Jerusalém, importa também que dês em Roma. (23, 11)
“Designavam presbíteros em cada igreja e após fazer oração e jejuns, os encomendavam ao Senhor em quem haviam crido” (Atos 14,23).
“Já que seria demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em todas as comunidades, nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e a mais antiga, conhecida por todos (Roma), fundada e constituída pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo. Mostraremos que a tradição apostólica que ela guarda e a fé que ela comunicou aos homens chegaram até nós através da sucessão regular dos bispos, confundindo assim todos aqueles que querem procurar a verdade onde ela não pode ser encontrada. Com esta comunidade, de fato, dada a sua autoridade superior, é necessário que esteja de acordo toda comunidade, isto é, os fiéis do mundo inteiro; nela sempre foi conservada a tradição dos apóstolos. […] [Pedro e Paulo] confiaram a Lino o ministério do episcopado. […] A Lino sucedeu a Anacleto. A seguir, Clemente; Clemente vira os apóstolos, conversara com eles e ainda tinha ouvido sua pregação. […] A Clemente sucedeu a Evaristo, e a Evaristo, [sucedeu] Alexandre. Depois, em sexto lugar após os apóstolos, veio Xisto, e, a seguir, Telésforo. Depois, Higino, Pio e Aniceto. Sotero sucedeu Aniceto. Agora, Eleutero, em décimo-segundo lugar, possui a herança do episcopado após os apóstolos” (Ireneu de Lião, +202, Contra as Heresias III,3,2-3).
Por esta razão, não é dado a ninguém se autoproclamar “sacerdote de Cristo, sacerdote do Deus Altíssimo, ” não estando inserido nesses requisitos, pois: “Eu vos DOU O SACERDÓCIO, como Dom Ministerial, e o ESTRANHO QUE SE CHEGAR SERÁ MORTO (Números 17. 25-28 e 19. 1 a 7); e “NINGUÉM TOMA PARA SI ESTA HONRA, senão quando é chamado por Deus, como o foi Aarão.” (Hebreus 5,1 até 6)
“Por esse motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. * (II Timóteo 1, 6)
[1] Eunuco eram os que se castravam para renunciar aos prazeres sexuais; ou os que eram castrados compulsoriamente, porque serviam de guardiões para as esposas e concubinas dos reis.