Conforme a economia dos sacramentos1, estes são os sete sinais materiais deixados por Cristo: batismo; crisma; matrimônio; ordem; eucaristia; penitência e unção aos enfermos.
“Vi também na mão direita de quem estava assentado no Trono, um Livro escrito por dentro e por fora, SELADO COM SETE SELOS. ” (Apocalipse 5. 1)
“Quem é digno de abrir e desatar os selos? O Leão da Tribo de Judá, o DESCENDENTE DE DAVI, achou meio de abrir o Livro E DESATAR OS SETE SELOS. ” (Apocalipse 5. 2 e 5)
Para melhor compreender a economia sacramental, é essencial compreender que Cristo é onipresente em sua natureza humana, que se fragmentou, repousando em certos sinais manados do seu sacrifício:
“ Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. ” (I São João 5. 6)
Por esta razão, é certo afirmar que a natureza humana de Cristo se faz ONIPRESENTE nos sacramentos:
“Ele vos reconciliou pela morte de seu CORPO HUMANO, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai. ” (Colossenses 1. 22)
Em razão do pecado original, a humanidade voluntariamente se afastou de Deus, distanciando-se da sua única fonte de vida. Mas pela Divina Providência, temos em Cristo o salvador da criatura decaída, implicando que o Espírito do criador não agirá diretamente no ser humano para lhe ministrar a salvação, senão, através de uma mediação.2 E esse único mediador, que é três numa só Pessoa, possui duas naturezas,3 distintas e sagradas, as quais não se confundem, nem se anulam, antes, se comunicam em perfeição plena:4
Ele é Deus e homem; é Espírito e matéria.
O Espírito Divino é o elemento incriado que sempre existiu, ao passo que a matéria que Ele toma, transforma e diviniza quando se encarna, é retirada da própria criação, precisamente do elemento adâmico que o liga aos antigos patriarcas.5
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Daí temos:
Primeiro: — por vontade de Deus, a obra da regeneração da criatura (e que procede do Espírito Divino), não alcança o ser humano diretamente, senão por Mediação.
Segundo: — o mediador não é exclusivamente Espírito, mas Espírito e matéria, porquanto toda regeneração em nosso favor é depositada na matéria do Cristo Encarnado, e só depois comunicada pelo corpo sacrificado. (Colossenses 1, 22)
Terceiro: — Deus se comunica com o homem por completo, e sendo o homem, espírito e matéria, essa comunicação ocorrerá nesses dois elementos.
Disto ainda podemos tirar outra tríplice conclusão:
Primeira: — convinha o Verbo se fazer carne, para que todas as coisas invisíveis e sobrenaturais de Deus pudessem se tornar visíveis e acessíveis ao homem natural.
Segunda: — sendo o homem atingido por inteiro, no corpo e espírito, pelo pecado, a graça que o salvará no espírito é também para o corpo, como se prova pela ressurreição da carne.
Terceira: — o ser humano necessita se comunicar com Deus não só em espírito, mas também em matéria; e sendo indivisivelmente criado corpo e espírito, o que lhe atinge na matéria, atingirá após no espírito.
É como disse o Apóstolo:
“SE HÁ UM CORPO ANIMAL, também há um ESPIRITUAL. ” (I Cor 15,44) “MAS NÃO É O ESPIRITUAL QUE VEM PRIMEIRO, E SIM O ANIMAL; o espiritual vem depois. ” (I Cor 15, 46)
Pela Encarnação de Cristo, somos elevados a participar de uma vida beatífica sobrenatural com Deus.
Santo Tomás de Aquino explica:
“É da natureza humana o corpóreo e o sensível até atingir ao espiritual. A ligação espiritual final, atinge primeiro a sensibilidade e o intelecto. Por isso, convinha a Divina Sabedoria conferir auxílios à salvação, sob certos sinais corpóreos e sensíveis chamados sacramentos; […] pelo pecado, o homem tornou-se sensível e afeito às coisas corpóreas; […] e onde padece uma doença, aí se deve aplicar o remédio. Por meio de sinais corpóreos, Deus aplica ao homem uma medicina espiritual, como era a circuncisão. Pelos sacramentos, o homem é ensinado conforme sua natureza. ” (Suma Teológica Questão 65, art 1º Dos Sacramentos. Livro IIIa)
Se no mistério Glorioso da Encarnação do Verbo, o criador escolheu tomar a nossa matéria criada, e transformá-la em via condutora do seu Espírito incriado, de igual modo acontece com a água batismal, na qual habita o Espírito Divino, comunicador das Graças oriundas do sacrifício do Cordeiro:
“ No princípio, Deus criou os Céus e a terra, a terra era informe e vazia, e as trevas cobriam o abismo, e o ESPÍRITO de Deus PAIRAVA6 sobre as ÁGUAS. ” (Gênesis 1. 1 a 3)
Por causa do pecado, o nosso elemento orgânico tornou-se incapaz de ascender à Graça independentemente da matéria, sendo que a matéria que nos liga ao sagrado está nos elementos do corpo santo do mediador. (I Tm 3, 15; Ef 5, 23 e 24)
Disto se extrai a natureza Teândrica da salvação, a qual podemos resumir desta maneira:
A matéria é sensível; mas o Espírito é transcendente. E o que é sensível, tanto recebe, quanto percebe antes que o espiritual.7
Conforme ensinou Santo Tomás de Aquino:
“Conveniente que as coisas invisíveis de Deus se manifestem pelas visíveis; pois, para tal foi feito todo o mundo, segundo as palavras do Apóstolo (Rm 1, 20). As coisas invisíveis de Deus só se vêem pelas obras feitas. Pela Encarnação se manifesta, ao mesmo tempo, a Bondade, a Sabedoria, Justiça e o Poder ou Virtude de Deus. A BONDADE NÃO DESPREZOU A FRAQUEZA DE SUA CRIATURA. Logo, convinha Deus se Encarnar. A cada coisa é conveniente o que lhe cabe, segundo a essência da própria natureza. Pertence a Bondade se comunicar de maneira mais simples à criatura, o que sobretudo, se realiza por ter-se a si mesmo, unido a natureza criada de modo a fazer uma só Pessoa no Verbo, em alma e carne, como diz Agostinho. ” (Suma Teológica, Q 1° art. 1° – Dos Sacramentos)
Deus criador, fazendo-se imagem encarnada no Filho, depositou na sua encarnação os elementos8 que, pela fé, tomariam forma visível, tornando meios palpáveis de acesso a graça.
Deus não só nos deu a salvação gratuita e graciosa como um fim, mas também os meios para acessá-la. Sendo a graça sobrenatural, também sobrenaturais são os meios para acessá-la.
Ensinam as Escrituras: — “ São insensatos por natureza todos os que desconheceram a Deus, e ATRAVÉS DOS BENS VISÍVEIS, não souberam conhecer aquele que É, nem reconhecer o Artista considerando suas obras. ” (Sabedoria 13. 1)
“Não imiteis o procedimento dos pagãos, NEM TEMAIS OS SINAIS CELESTES, COMO TEMEM OS PAGÃOS. ” (Jeremias 10. 2)
“Como, então, escaparemos nós se agora desprezarmos a mensagem da salvação, tão sublime, anunciada primeiramente pelo Senhor e depois confirmada pelos que a ouviram, comprovando-a o próprio DEUS, POR SINAIS, prodígios, milagres e pelos dons do Espírito Santo, repartidos segundo a sua vontade? ” (Hebreus 8, 3,4)
Sobre a Eucaristia, restou dito por Cristo:
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nele Deus Pai imprimiu o seu SINAL.” (São João 6. 27)
Fazendo-se matéria pelo Filho, instituiu Deus alguns sinais materiais ou selos, como consequência da Encarnação, os quais constituem-se em Bens Corpóreos que nos integram ao Patrimônio do Reino do Céu:
“Pela fé, reconhecemos que o mundo foi formado pela Palavra de Deus, e que as coisas VISÍVEIS se originaram do invisível. ” (Hebreus 11. 3)
“Ele é a IMAGEM DE DEUS INVISÍVEL, o Primogênito de toda a criação. ” (Colossenses 1. 15)
“Desde a criação do mundo, AS PERFEIÇÕES INVISÍVEIS DE DEUS, o seu sempiterno Poder e Divindade, se tornam VISÍVEIS à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar. ” (Romanos 1, 20)
Os sinais materiais ou corpóreos estavam, e ainda estão presentes na relação espiritual entre Deus e os seres humanos, através da Igreja.
Após substituir o sinal da circuncisão (Gálatas 6, 16) pelo batismo (Atos 9, 18), e assim, o judaísmo farisaico pela fé cristã, apostólica e romana (Rm 1.1 à 8; 6, 17; 15, 14 e 16, 20), admitiu de viva voz o Apóstolo toda importância da marca corpórea do Verbo Encarnado:
“Porque a circuncisão e a incircuncisão de nada valem, mas sim a nova criatura. De agora em diante, trago em MEU CORPO AS MARCAS DE JESUS. ” (Gálatas 6. 15-17)9
“Ele NOS MARCOU COM O SEU SELO e deu aos nossos corações o penhor do Espírito. ” (II Coríntios 1. 22)
Cristo nos salva em sua santíssima carme, unindo-nos à sua Divindade, pois só em sua natureza humana, Ele tornou-se sacrifício, vez que só nela, o cordeiro de Deus poderia padecer e morrer.
A encarnação nos deixou vestígios aparentes e palpáveis, e que perfazem a humanidade de Cristo onipresente. O corpo de Cristo nos tornou visível a Divindade, nos dando elementos concretos para salvação.
Sacramento veio do grego mysterion, que significa aquilo que está oculto numa matéria, num sinal do que existe, mas não se enxerga, pois a realidade transcendente e espiritual não pode ser captada, e nem percebida pelos sentidos naturais.10
Não são símbolos pedagógicos, mas sinais ou selos eficientes e miraculosos, depositados na matéria natural, os quais nos ligam ao sacrifício de Cristo.
O Antigo Testamento prefigurou aquilo que viria pelos sacramentos, ou seja, a comunicação indissolúvel entre a matéria criada e o Espírito eterno e incriado.
Temos assim, sinais no sangue dos cordeiros marcando as portas dos hebreus; e nos pães consumidos em celebração antes da fuga do Egito prefigurando a eucaristia:
“[…] SANGUE sobre as casas em que habitais vos servirá de SINAL: vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito. ” (Êxodo 12, 13)
“Comer-se-ão pães sem fermento durante SETE DIAS. Não se verão em tua casa, em toda a extensão do território, nem pães fermentados, nem fermento. ” (Êxodo 12. 15)
“[…] será isso para ti como um SINAL sobre tua mão, como uma MARCA entre os teus olhos, a fim de que tenhas na boca a lei do Senhor, porque foi graças à sua poderosa mão que o Senhor te fez sair do Egito. ” (Êxodo 13. 9)
Há ainda sinais nos elementos das águas, prefigurando o batismo:
“ ASPERGI-ME com um ramo de hissope e ficarei puro. LAVAI-ME e me tornarei mais branco do que a neve. ” (Salmo 50. 9)
“ A prosperidade do homem está na mão de Deus; é ele que PÕE NA FRONTE do escriba um SINAL de honra. ” (Eclesiástico 10. 5)
Há outros sinais, que Deus colocou na própria matéria orgânica de certos homens, como prova da eficiência da comunicação entre matéria e Espírito Divino, assim como entre as naturezas divina e material do Cristo:
“ Cortareis a CARNE de vosso PREPÚCIO, e isso será o SINAL DA ALIANÇA ENTRE MIM E VÓS. ” (Gênesis 17. 11)
“[…] navalha não tocará a sua cabeça, porque esse menino será nazareno de Deus desde o seio de sua mãe, e será ele quem livrará Israel da mão dos filisteus. ” (Juízes 13. 5)
“OS SEUS CABELOS recomeçavam a crescer. ” (Sansão, no livro dos Juízes 16. 22)
Certos prodígios e inúmeros milagres que foram canalizados por intermédio de determinados objetos:
“Toma em tua mão ESTA VARA, com a qual operarás prodígios. ” (Êxodo 4.17)
“Eis o que diz o Senhor: nisto reconhecerás que eu sou o Senhor: vou ferir as águas do Nilo COM A VARA que tenho na mão e elas se mudarão em sangue. ” (Êxodo 7.17)
Notamos, destarte, Deus realizando o sobrenatural utilizando-se da matéria natural criada, como na cura do cego com emprego de saliva e argila. ( São João 9. 1 à 7)
Embora essas prefigurações, como protótipos, não contivessem plenamente a Graça, continham certas manifestações dela no perdão; na purificação; na força física na ajuda caritativa aos cativos e nos atos sacrificiais, dentre outros.
Atuando na matéria, o criador quis que estes sinais servissem de preparo para os sinais verdadeiros do porvir, demonstrando ser Ele o único capaz de reunir novamente a criação com o criador; o natural com o sobrenatural; o material com espiritual, e assim, a matéria perecível e poder da Divindade imortal.
Os sinais arcaicos e figurativos da antiga Aliança, perduraram até a chegada dos legítimos sinais sacramentais.
Unindo-se a matéria de sua criatura, a Divindade de Cristo não despiu-se ou perdeu quaisquer dos seus atributos.11
Ensina Santo Agostinho:
“Por ter-se unido à carne humana, não abandonou ou perdeu o exercício do Governo Universal; pois Deus é Grande pela sua Virtude. Por isso, a Grandeza não se comprimiu com a exiguidade local. Não é, portanto, incrível, que O VERBO DEUS, PERMANEÇA TOTAL E SIMULTANEAMENTE EM TODA PARTE. Por onde, nenhum inconveniente resulta para Deus, a Encarnação. ” (Aquinate, 1, I.)
Todas as limitações que Cristo assumiu por vontade própria enquanto entre nós, foram temporais, e só existiram até a crucificação:12
“Sendo Ele de condição Divina, não prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo; assemelhando-se ao homem. ” (Filipenses 2, 6, 7 e 8)
“[…] por pouco tempo, o colocaste inferior aos anjos; de glória e de honra o coroaste. ” (Hebreus 2,17)
Não por outra razão, o Deus Filho Encarnado deverá ser Adorado em Carne:
“E novamente, ao introduzir o seu Primogênito na terra, diz: todos os anjos de Deus o adorem.” (Sl 96,7) (Hb 1, 6)”
Estaríamos negando a existência da Divindade na Encarnação, se apenas venerássemos, e não adorássemos verdadeiramente Cristo em sua humanidade incorrupta e santíssima.
Há em Cristo duas naturezas, unidas perfeitamente sem confusão ou separação (em hipóstase), e numa só Pessoa, num Único ser, atuando harmonicamente.
Existem operações que são próprias da natureza humana, como comer e o andar. Há aquelas que são próprias da natureza divina, como milagres e prodígios. Por fim, há as que são próprias da natureza Divina instrumentalizadas em sua natureza humana, como a ressurreição e a oferta seu corpo e do seu sangue na matéria do pão e do vinho. A natureza Divina, eterna e imortal do Cristo, operou a ressurreição através da sua natureza humana.
Assim, o Divino humano se relaciona de modo equilibrado com o humano Divino.
Em Cristo convinha coexistirem duas naturezas, porque:
Primeiro: — se não fosse Divino, não serviria de sacrifício digno para Deus;
Segundo: — se não fosse /humano não redimiria a humanidade na carne e no espírito, nem serviria sacrifício, posto que só sua natureza humana poderia morrer.
Cristo é a Divindade humanizada e a humanidade Divinizada.
Em seu corpo Encarnado,13 se guardam todos os elementos e sinais onde podemos encontrá-lo e interagir com Ele.
Os sacramentos são verdadeiramente a extensão do Corpo Encarnado de Cristo entre nós, o qual ascendeu ao Céu, e que mesmo assim continua presente pela Fé da Igreja:
“Ele, que esteve visível como nosso redentor, agora passou para os sacramentos. (São Leão Magno, ou São Leão I, ano + 440)”
Negar os sinais, é negar a onipresença do Deus Encarnado.
Finaliza Santo Tomás: — “[…] os sacramentos podem ser considerados em relação à CAUSA Santificante que é o VERBO ENCARNADO; que por meio de coisa visível toca o corpo, e é crido pela alma por meio da Palavra. Donde vem essa tão grande virtude da água de tocar o corpo e purificar o coração, senão do Verbo enquanto crido? ” (Suma Teológica Q 60, art 5º)
Negar os sacramentos implica negar que Cristo, em suas duas naturezas indivisíveis, ainda esteja onipresente na história da humanidade, como Ele próprio dissera:
“O ESPÍRITO DA VERDADE QUE O MUNDO NÃO PODE ACOLHER PORQUE NÃO SE VÊ, NEM O CONHECE. VÓS CONHECEIS PORQUE PERMANECE CONVOSCO! EU VIREI A VÓS! O MUNDO NÃO ME VERÁ, MAS VÓS ME VEREIS, PORQUE EU VIVO EM VÓS E VÓS VIVEREIS. NESSE DIA COMPREENDEREIS QUE ESTOU EM MEU PAIS, E VÓS EM MIM E EU EM VÓS. ” (São João 14 à 20)
“O CÁLICE QUE BENZEMOS, NÃO É A COMUNHÃO COM O SANGUE DE CRISTO? E O PÃO QUE PARTIMOS, NÃO É A COMUNHÃO COM O CORPO DE CRISTO? ” (I Coríntios 10. 16)
“Verdadeiramente um DEUS SE ESCONDE EM TUA CASA, o Deus de Israel, um Deus que salva! ” (Is 45, 15)
“TU SELASTE como num saco OS MEUS CRIMES, puseste um SINAL sobre minhas iniquidades. ” (Jó 14, 17)
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- Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia. (Hb 10, 9)
- Gálatas 3, 19.
- Na UNIÃO HIPOSTÁTICA, as Naturezas são inconfusas, indivisíveis e inseparáveis. As naturezas estão juntas, mas não se misturam; são distintas mas não separadas. (Concílio de Calcedônia, 451).” Cristo não é metade Deus, metade homem, mas Deus Homem Encarnado. É o princípio Teândrico da Salvação: no grego teo = Deus + andros = Homem.
- DIOFISISMO é o termo teológico que identifica a posição Oficial da Igreja, quanto a União das Naturezas em Comunicação (Communicatio Idiomatum).
- Rom, 1, 3; II Tim. 2,8; Rom. 9,5; Heb. 2, 16.
- Por isso está Escrito: “Ei-lo Jesus, AQUELE QUE VEIO PELA ÁGUA” (I Jo 5.6); Todos que fostes BATIZADOS, FOSTES REVESTIDOS DE CRISTO. (Gal 3, 20)”
- Na prática é assim: Se somos agredidos fisicamente, é o corpo que primeiro sente a dor, e só depois nasce no espírito o desejo de vingar, perdoar ou de justiçar.
- Esses elementos espirituais, resumindo, são Graça, Remissão e Justificação, trazidos do Céu pela Encarnação do Verbo, os quais compõem a Doutrina Sagrada.
- Jesus replicou-lhe: Em verdade te digo: quem não nascer de novo (Nova Criatura) não poderá ver o Reino de Deus. Respondeu Jesus: Em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito, não poderá entrar no Reino de Deus. (S. João 3, 3 e 5)
- (S. Crisóstomo, Homilies on I Corinthians, 7:1 (p.g. 61,55). Marsili, Dicionário de Liturgia, Paulus, 2ª ed., p. 1059. Na cultura grego romana era o “selo no corpo” que os Centuriões faziam para demonstrar fidelidade ao Imperador. (Russel Norman. Enc.Bíblica teologia e filosofia.6. ed. SP Hagnos, v. 5, 2002. p. 302)
- Mas, na verdade, habitará Deus com os homens na terra? Eis que os céus, e o céu dos céus, não te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado?” (2 Cro 6:18)
- Porque a humanidade teria que ser sacrificada em sua própria natureza mortal, e não na natureza imortalizada na humanidade. (Tratado do Verbo Encarnado, S. Tomás de Aquino, Q 14, art. 1º)”
- “Ele vos reconciliou pela morte de seu Corpo Humano (Col 1,22)”
- Como profetizado, o Anticristo, no fim dos tempos, buscará perverter, esvaziar e deturpar esses Sinais Sagrados, mudando-os. (Ap. 20, 4)
- O Batismo, substituindo a circuncisão, vemos em Colossenses 2.11 e 12.
